O crime foi divulgado, nas redes sociais, pelo pai de santo Paulo de Aruanda, que também é ativista dos direitos humanos.
Pai Paulo de Aruanda destaca, ainda, que a instalação da estátua de Iemanjá, que é considerada rainha do mar na Umbanda e Candomblé, foi resultado de uma negociação entre as lideranças de religiões de matriz africana com o Governo do Estado do Maranhão, para ser colocada na praia do Olho d’ Água, local comumente utilizado para fazer oferendas à entidade. Após o ato de vandalismo, o pai de santo e outros religiosos pedem que o poder público tome providências.
O pai de santo também pede que a imagem, além de ser restaurada, seja melhor protegida de ações como essa que foi registrada neste domingo. Para ele, é preciso que o governo do Estado cumpra a promessa que tinha feito, de colocar a imagem em uma redoma de vidro, para protege-la de atos de vandalismo.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) disse repudiar a destruição do monumento da estátua de Iemanjá, em São Luís, e que o caso será investigado pela Secretaria de Segurança Pública. Além disso, o monumento será restaurado.
Leia a nota na íntegra:
O Governo do Maranhão, por meio da Sedihpop, repudia a destruição do monumento da estátua de Iemanjá, localizada no bairro do Olho D’água, em São Luís/MA.
A equipe da Sedihpop esteve presente no local para articular com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) a devida apuração dos fatos e também buscar a restauração da imagem com a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) e a Secretaria de Estado da Cultura (SECMA).
O monumento é alusivo ao processo de luta dos povos de terreiro maranhenses por reconhecimento e liberdade religiosa. Além de um dano ao patrimônio público, trata-se de um ataque de racismo religioso aos povos tradicionais de terreiro que deve ser repudiado e combatido.
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