O primeiro feminicídio foi da adolescente Mayra Nathalia dos Santos Barbosa, de 15 anos, que foi morta na madrugada de domingo, vítima de estrangulamento.
Segundo a Polícia Civil do Maranhão, na noite de sábado (10), a vítima foi para casa do namorado, um jovem de 18 anos de idade, sem comunicar aos familiares, informando que estava na casa de uma amiga.
No local, uma casa no bairro Trizidela, o jovem estrangulou Mayra Nathalia com o cordão de uma calça e escondeu o corpo em um terreno, ao lado de sua residência. O crime aconteceu por volta das 4h de domingo. Após matar a adolescente, o jovem confessou o crime para a mãe dele e para pessoas próximas.
Já a família da vítima comunicou o desaparecimento da adolescente na noite de domingo, sendo que, no início da madrugada desta segunda (12), o jovem compareceu à delegacia para relatar que tinha praticado o feminicídio e indicar o local onde o corpo estava.
Ele foi autuado por feminicídio e ocultação de cadáver. Em depoimento, o jovem não soube dizer a motivação do crime.
O segundo feminicídio foi registrado no povoado Limeira, na zona rural de Caxias, por volta das 20h de domingo. A vítima foi identificada como Antonia Ilma da Silva Lima, de 46 anos.
De acordo com a polícia, a vítima e o companheiro dela, identificado como Carlos Augusto Procópio, estavam em uma festa, quando começaram a discutir. Antonia Ilma saiu da festa em companhia da afilhada, sendo seguidas pelo autor que abordou a vítima e novamente discutiram.
Na hora da briga, Carlos Augusto sacou uma faca e esfaqueou Antonia várias vezes. A vítima foi a óbito no local.
Após o crime, Carlos Augusto fugiu e ainda não foi localizado.
Com esses casos, sobe para quinze o número de feminicídios registrados no Maranhão, somente este ano.
Violência contra a mulher no MA
Em 2022, o Maranhão teve 165 casos de violência contra a mulher , sendo 57 feminicídios, segundo dados da Rede de Observatórios da Segurança, uma iniciativa de instituições acadêmicas e da sociedade civil em sete estados que acompanha políticas públicas de segurança, fenômenos de violência e criminalidade.
Os dados não são oficiais e são produzidos a partir de um monitoramento do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência e segurança. O monitoramento também tipifica casos que não teriam sido classificados como feminicídio pela polícia, mas que, segundo a Rede de Observatórios, possuem evidências desse tipo violência.
Segundo a Rede de Observatórios, a maior parte dos registros tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas. As principais motivações são brigas e términos de relacionamento.
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